a floresta
a floresta
nas florestas do pânico
aprendi a dançar
música para ouvidos inquietos
e se não ando mais reto
é culpa do sol ardendo na retina
é culpa daquela menina
também querendo
chamuscar minha pele bárbara
é lágrima arrancada
do olho triste
mas insite
em buscar consolo
mesmo que as flores
murchem em maio
e meu desmaio
sempre venha
em junho
eu juro
somente longe de mim
encontro sossego
o beijo
é amargo
bebo vinho em um só trago
e me esqueço
afinal sei que mereço
uma gota de alívio
em meu
endereço