Ribamar Bernardes

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soneto do amor carnal

soneto do amor carnal

 

quando mergulhava

em tuas nobres ancas

meu sangrento gozo se deliciava

ao ver tuas pernas bambas

 

era do impuro

temporal que vinha

a bonança me tornava puro

agora embriagado sigo por onde você caminha

 

e o sêmem estagnado em suas coxas

provoca o último suspiro

você não será a última das minhas moças

 

pois do erro faço arte

e se não acerto é porque não miro

mas continuo a seguindo por toda parte